segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Após dois meses em testes, hidrelétrica de Porto Primavera é pioneira no Estado na produção de energia eólica


Após dois meses em testes, os primeiros aerogeradores do Estado de São Paulo já entraram oficialmente em operação, em setembro, na área da usina hidrelétrica de Porto Primavera, localizada no Rio Paraná, no município de Rosana. Nesse período, as torres eólicas geraram cerca de três megawatts médios, segundo anunciou nesta segunda-feira (2) a Secretaria de Energia e Mineração do Estado de São Paulo.

Com investimento de R$ 8,3 milhões, as unidades têm capacidade de gerar por ano até 620 megawatts-hora (MWh), energia suficiente para abastecer cerca de 500 residências com consumo médio de 100 quilowatt-hora (kWh).

“O início da produção de energia elétrica por meio dos ventos é um marco para São Paulo, que comprova seu potencial e viabilidade econômica para adotar o uso da geração de energia eólica em sua matriz energética. Esse projeto desenvolvido a pedido do governador Geraldo Alckmin [PSDB] pode ser replicado no formato de consórcio por empresas e condomínios residenciais”, afirma o secretário estadual de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles.

As torres possuem 30 metros de altura e pás de dez metros de comprimento. A energia elétrica produzida pelos aerogeradores será utilizada no consumo interno da usina de Porto Primavera.

Com o apoio da Secretaria Estadual de Energia e Mineração, a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) está desenvolvendo na usina localizada em Rosana um amplo projeto de pesquisa, que visa a estudar a complementaridade energética das fontes solar, eólica e hidráulica.

O projeto possui 54 meses de duração e sua conclusão está prevista para agosto de 2018 com um custo total de R$ 31 milhões, contabilizando pesquisa, compra dos equipamentos, instalação e manutenção. Além das usinas solares e eólicas, estão em funcionamento uma estação solarimétrica e uma estação anemométrica que completam o projeto de P&D.

“São Paulo conta com áreas de boa intensidade de ventos, onde a fonte eólica pode ser uma opção de geração de energia elétrica. Os municípios com maior potencial são Jaú, Barra Bonita e Dois Córregos, na região de Bauru; Capão Bonito e Fartura, na região de Itapeva; Votorantim, Piedade e Itu, na região administrativa de Sorocaba; Campos do Jordão, Pindamonhangaba e Guaratinguetá, no Vale do Paraíba; e Valinhos, Cabreúva e Joanópolis, na administrativa de Campinas”, destaca o subsecretário de Energias Renováveis, Antonio Celso de Abreu Junior.

Do G1

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