Da perda de R$ 37,4 milhões prevista para o comércio varejista da região de Presidente Prudente no segundo semestre, em decorrência de feriados e pontes, conforme projeção da Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), R$ 16,5 milhões correspondem ao setor de supermercados. Diferentemente de outros segmentos, este opta pela abertura de lojas em feriados – o que não significa que o “rombo” deveria ser menor, aponta a Assessoria de Imprensa da Apas (Associação Paulista de Supermercados). Segundo a entidade, o decreto que reconhece o setor como atividade essencial da economia, assinado em agosto pelo presidente Michel Temer (PMDB), facilitou a abertura de estabelecimentos aos domingos e feriados, porém, as pessoas normalmente se programam para fazer suas compras antes dessas datas.
Aqueles que resolvem ir a esse tipo de estabelecimento em dias de folgas não visam uma compra grande, mas algo que ficou para a última hora, esclarece a associação. A Apas menciona que há cidades pequenas onde o setor é monopolizado, logo, para esses proprietários, a abertura do empreendimento acaba sendo vantajosa. Já nas cidades que contam com mais de um grande supermercado, há a possibilidade de haver o marasmo. “Nenhum deles vai ficar lotado, pois os clientes se dividem entre os que têm e geralmente vão para comprar poucos itens”, explica.
Atrás dos supermercados, vem o segmento de outras atividades, que podem perder aproximadamente R$ 13 milhões, alta de 18,5% na comparação com o segundo semestre de 2016. Em seguida, está o setor de farmácias e perfumarias, cujas perdas apuradas devem somar R$ 4,2 milhões, aumento de 23,9% em relação com o mesmo período de 2016. A gerente da Perfumaria Sumirê, Simone Rezende, acredita que realmente há uma retração nas vendas em feriados, pois a loja encontra-se fechada, no entanto, enfatiza que grande parte da “procura perdida” nesses dias acaba sendo compensada às vésperas. “Antes ou depois, as pessoas sempre buscam as perfumarias, pois ninguém fica sem um desodorante ou um xampu, por exemplo”, considera.
Por fim, as lojas de vestuários, tecidos e calçados estão sujeitas a um déficit de R$ 2,6 milhões e evolução de 22,8% na comparação com 2016, ao passo que as lojas de móveis e decoração correm o risco de perder em torno de R$ 1 milhão e registrar queda de 2,5%, a única retração do varejo vislumbrada pela Fecomercio.
NÚMEROS
R$ 16,5 mi
é a perda apurada para o setor supermercadista
R$ 4,2 mi
é a baixa estimada para farmácias e perfumarias
R$ 2,6 mi
é o déficit previsto para lojas de vestuários, tecidos e calçados
R$ 1 mi
é o rombo projetado para lojas de móveis e decoração
Do O Imparcial
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